Sobre as mulheres.....

Olá sejam todos bem vindos! Aos novos seguidores um abraço fraterno e um  muito bem vindo.

A todos meus mais sinceros agradecimentos.

A poucos meses eu jamais imaginaria conhecer e conversar (mesmo que virtualmente ), com tantas pessoas e de tantas partes diferentes do mundo....

Bem, eu gostaria de ter feito essa postagen para o dia 08 de março, mas por pura falta de tempo.... estrou postando hoje.

 Imprimi alguns quadros de mulheres, indiscutivelmente,  a frente de seus tempos, de mulheres fantásticas e que expressavam tudo isso atráves da arte. 

Na verdade foi uma primeira experiência em molduras....não ficaram muito boas, porém agora já sei onde errei e onde acertei, então creio que as próximas serão melhores....

Espero que apreciem.

Frida Kahlo

Em primeiro lugar, gostaria de compartilhar dois auto retratos de Frida Kahlo, essa maravilhosa artista mexicana, Frida Kahlo foi uma artista única, para muitos é considerada a pintora do
século. Apesar de seu pouco tempo de vida, nos deixou obras magníficas e
intrigantes.

Tarsila do Amaral

Esses próximos mini quadros,  são mini réplicas ( se é que se podem chamá-los assim...) de duas pinturas famosas de Tarsila do Amaral, Tarsila participou ativamente da renovação da arte brasileira que aconteceu em 1920. Integrou-se ao movimento modernista e ligou-se com especial interesse à questão da brasilidade. Formou, com Anita Malfatti, Menotti del Picchia, Mário de Andrade e Oswald de Andrade, com quem se casou em 1924, o chamado Grupo dos Cinco.

Abaporu - Este é o quadro mais importante já produzido no Brasil.

 Antropofagia - Nesta tela temos a junção do "Abaporu" com "A Negra". Este aparece invertido em relação ao quadro original.

Anita Malfatti
A arte de Anita Malfatti era inovadora, e ao mesmo tempo revolucionária.

 As obras de Anita, que retratavam principalmente os personagens marginalizados dos centros urbanos, causou desaprovação nos integrantes das classes sociais mais conservadoras.

Em 1922, participou da Semana da Arte Moderna. Ela fazia parte do Grupo dos Cinco, integrado por ela, Mario de Andrade, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade e Menotti del Picchia.

Aqui minha pequena coleção!!! Olhando a olho nu as molduras são muito mais bonitas que nas fotos, as fotos sempre teimam em mostrar defeitos imperceptíveis.... Estou louca para colocar meus pequenos quadrinhos em  em alguma casinha....

Violeta Parra
Também não poderia deixar de falar na chilena Violeta Parra foi uma compositora, cantora, artista plástica e ceramista chilena, considerada a mais importante folclorista daquele país e fundadora da música popular chilena. Eu não fiz nenhum quadrinho da Violeta, mas deixo-vos a imagem de uma das pintura dela.

Violeta Parra pode ser considerada a mãe da canção comprometida com a luta dos oprimidos e explorados, tendo sido autora de páginas inapagáveis, como a canção “Volver a los 17″, “La Carta” e “Gracias a la vida”.

  Músico- óleo sobre tela

Mercedes Sosa
E quando se fala de Violeta Parra eu automaticamente penso em Mercedes Sosa, grande cantora da alma latinoamericana, Mercedes Sosa, conhecida como “La Negra“. Foi uma voz importante quando a região estava sob ditaduras. Sua voz poderosa encantou e politizou toda uma geração. A cantora argentina, de grande apelo popular na América Latina, foi sem dúvidas uma das mais importantes artistas do continente.
Aqui um vídeo de Mercedes Sosa cantando uma música de Violeta Parra, uma dupla perfeita!!!

A música é bem conhecida e chama-se "Gracias a la vida", é uma das músicas mais belas que já escutei.

Elis Regina

Considerada por diversos críticos a melhor cantora e intérprete brasileira de todos os tempos, Elis Regina  marcou sua década com interpretações impecáveis e uma voz forte, marcante e que emociona.

 Através de suas canções, Regina criticou diversas vezes a Ditadura brasileira, que exilou e perseguiu muitos de seus amigos músicos. Uma de suas músicas com teor crítico, mas que teve grande repercussão foi “O bêbado e o equilibrista”, pois a canção marcou a volta de muitos brasileiros exiliados, a partir de 1979.

Aqui a música o clipe da música "o bêbado e o equilibrista"

 

E ainda, não poderia faltar a música "Maria Maria" composta por Milton Nascimento e  Fernando Brant, e interpretada divinamente por Elis Regina!

 

E como não sou uma pessoa sectária deixo aqui também as palavras de um amigo muito querido, o jornalista e defensor dos Direitos Humanos Marcos Rolim, que descreve no texto " Mulher e seda" as mulheres segundo sua visão, e como as mulheres devem ser tocadas.

Mulher e Seda

Há algo em cada mulher que se tateia como se tocássemos seda. Não me refiro ao que há de frívolo ou comum na expressão “como seda”, mas a algo mais radical que se tateia porque não se sabe e fascina; que é seda porque especiaria, porque de procedência outra e mistério. 

Há algo em cada mulher; ou melhor, na atmosfera que envolve cada mulher, que transforma as coisas e as faz mais interessantes. 
Em torno de cada mulher há um silêncio; levíssima ausência que sentimos na espinha. A atmosfera em torno de cada mulher recolhe todas as palavras e, algumas vezes, nos leva também o ar. Diante de certas mulheres, há paisagens inteiras. 

Há mulheres líquidas que olham como se derramassem o oceano sobre nós e, outras, diante das quais pressentimos intimidade sombria com rumor de águas fundas. 

Há mulheres de doçura múltipla e de uma urgência que alimenta e outras que, quando se as vê, prenuncía-se tormenta. 

Há mulheres febris e mulheres simétricas. As que emergiram de uma tela e as que saíram de uma fruta. Há mulheres que flutuam, que deslocam-se como um conceito. Algumas ventam e tanto que nos sopram num canto; outras são de lua e nos beijam na rua.

 E há aquelas que perdemos; as que não veremos nunca mais. Mulheres que nos invadem ainda; às vezes, como punhais.

 Há algo em cada mulher que se tateia como se tocássemos seda. No sentido também de como deve ser sensível o nosso toque. Que ele não fira. Que não tergiverse e não desvie. Que seja simples e inteiro sempre. Que, sobretudo, nosso toque seja tão somente um jeito de realçar o que faz da seda feminina. O que nos encanta, além da palavra, o que desconcerta, neste ser que ilumina. 

 Marcos Rolim

 Também para quem quizer deixo o link para um outro texto do Marcos Rolim, chama-se  "Elogio as Bruxas", esse texto é de 1991, foi e ainda é um belo texto para pensarmos um pouco na nossa condição de mulher, no papel que nos é destinado socialmente, enfim espero que façam uma boa leitura.

 Mais de 2 milhões de mulheres são espancadas por ano no Brasil, ou seja, uma em cada 15 segundos, isso sem falar no enorme número de mulheres assassinadas por maridos, companheiros, namorados, ex maridos, ex companheiros e ex namorados!!!!

E é claro fica aqui minha homenagem a todas as mulheres!

Um beijo enorme nos corações de todos que passarem por aqui.